Pequena ilha, mas a certos respeitos conspícua, situada a noroeste do mar Egeu, tendo ali ancorado o navio do apóstolo Paulo durante a primeira viagem missionária (At 16.11). Samotrácia fica entre Trôade e Neápolis, sendo visível durante a viagem que se faz entre aqueles dois lugares. Foram diversos os seus nomes em diferentes períodos, sendo primeiramente chamada Dardânia, depois Leucânia, e por fim Samos. A sua principal cidade ficava na parte setentrional da ilha, onde também se via o ancoradouro. Embora tivesse apenas 27km de perímetro, era um estado livre. Chama-se hoje Samothraki. (*veja Paulo.)
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samua
famoso, célebre
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samuel
Nome de Deus, ou, menos provável, ouvir de Deus. Filho de Elcana e de Ana, sua mulher, sendo, como isaque, um filho de promessa (1 Sm 1). Antes do seu nascimento foi Samuel consagrado ao Senhor como nazireu, promessa esta que foi devidamente cumprida (1 Sm 1.24 a 28). o menino serviu ‘o Senhor, perante o sacerdote Eli’ (1 Sm 2.11). Usava a estola sacerdotal de linho branco, e todos os anos a sua mãe o visitava, trazendo-lhe uma pequena túnica (2.19). Finéias e Hofni, filhos de Eli, comportavam-se muito mal, sendo censurados pelo seu idoso pai (1 Sm 2.12 e seguintes). Veio, então, a palavra do Senhor a Samuel, anunciando que ia ser afligida a casa de Eli (1 Sm 3.11 a 14). Passados anos, já encontramos Samuel exercendo o alto cargo de juiz e governador. A arca tinha voltado das terras dos filisteus, e os israelitas, exortados por Samuel, puseram fora do seu culto a Baalim e Astarote, servindo somente ao Senhor. Continuando os filisteus nos seus ataques, intercedeu Samuel pelos israelitas, que derrotaram o inimigo. Para comemorar esta vitória, mandou Samuel levantar o monumento de Ebenézer. A sua casa era em Ramá, porém, na sua qualidade de juiz julgava a israel em ‘Betel, Gilgal, e Mispa’ (1 Sm 7). Depois de outro longo intervalo, reaparece Samuel já ancião, nomeando os seus dois filhos Joel e Abias, administradores da justiça em seu lugar (1 Sm 8.1). o mau procedimento destes juizes levou o povo a pedir um rei. Suplicando Samuel ao Senhor que o guiasse neste assunto, foi-lhe dito que resolvesse a questão segundo os desejos do povo – mas devia explicar aos israelitas os perigos que corriam, colocando um homem a governar as vidas e os bens da nação (1 Sm 8). Dirigido por Deus, ungiu Samuel a Saul como rei, e intimou o povo a comparecer em Mispa para escolher o seu dominador (1 Sm 9.10). Falando nobremente nessa reunião, ele defendeu os seus próprios atos de governo, avisou os israelitas a respeito dos seus deveres para com o Senhor, e prometeu a sua intercessão a favor deles (1 Sm 12). Quando Saul pecou, foi Samuel que lhe fez conhecer a censura divina (1 Sm 13.11 a 15). Sendo Saul rejeitado, ungiu Samuel a Davi (1 Sm 16.1 a 13 – 1 Cr 11.3). Parece que Samuel ficou sempre no exercício do seu cargo de juiz, apesar da nomeação de um rei (1 Sm 7.15) – mas é como profeta que geralmente se fala dele (1 Sm 10.11 – 1 Cr 9.22 – 26.28 – 29.29). Morreu, lamentado por todo o povo de israel, sendo sepultado em Ramá (1 Sm 25.1 – 28.3). A sua posição entre os israelitas nos é manifestada mais tarde, nas referências à sua personalidade e obra (Sl 99.6 – Jr 15.1 – At 3.24 – 13.20 – Hb 11.32). (*veja Saul.)
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samuel (livros de)
os dois livros de Samuel formavam, primitivamente, um só. Na versão dos LXX os livros de Samuel e os livros dos Reis foram considerados como constituindo uma só história, sendo os primeiros chamados respectivamente o Primeiro e o Segundo livro dos Reis. É incerta a sua autoria. os caps. 1 a 24 são atribuídos a Samuel, e também, em virtude do que se lê em 1 Cr 29.29, a Natã, o profeta, e a Gade, o vidente. E, por semelhantes referências às fontes (2 Cr 9.29 – 12.15 – 26.22), é provável que estes dois últimos fossem os autores das narrações respeitantes ao reinado de Davi (cp. com 1 Sm 22.5 – 2 Sm 7.2 a 17 – 12.1 – 24.11 a 14 – 1 Cr 21.11,12). outras possíveis fontes são ‘a história do rei Davi’ (1 Cr 27.24) – o livro dos Justos (2 Sm 1.18) – e a coleção, em que se descobre um forte elemento poético. o Cântico de Ana (1 Sm 2.2 a 10) é mais tarde desenvolvido no do Magnificat de Maria (Lc 1.46 a 55): profeticamente se refere a um rei que havia de vir, o ‘Ungido’, entrando deste modo na linha das passagens relativas ao Messias. Encontram-se nestes livros as elegias de Davi sobre a morte de Saul e de Jônatas, e sobre a de Abner (2 Sm l.17 a 27 – 3.33,34), mais aquela sua ode de triunfo sobre os seus inimigos (2 Sm 22 – Sl 18), e o último cântico do ‘mavioso salmista de israel’ (2 Sm 23.1 a 7). A matéria dos dois livros pode ser resumida da seguinte forma: 1º. Livro de Samuel. l. A conclusão dos tempos dos juizes, compreendendo o nascimento e a primeira fase da vida de Samuel – a maldade dos filhos de Eli, e a anunciação de ser julgada a família (1 a 3) – derrota dos israelitas – captura da arca – punição dos filisteus e livramento da arca (4 a 6) – arrependimento e livramento dos israelitas (7). 2. Principia a história da monarquia – o povo pede um rei (8) – designação e nomeação de Saul (9,10) – a vitória que Saul alcançou na guerra com os amonitas (11) – a fala que Samuel fez ao povo, resignando o seu cargo (12) – as guerras de Saul com os filisteus e amalequitas, a sua desobediência e rejeição (13 a 15). 3. Fim do reinado de Saul – e é designado Davi para ser rei. Um espaço de vinte a trinta anos separa esta parte do livro da precedente. A unção de Davi por Samuel (16) – a sua vitória na luta com Golias (17) – a perseguição que Saul lhe move, tendo ele de fugir para Ramá, Nobe, Gate, e Adulão (18 a 22.5) – a matança dos sacerdotes em Nobe (22.6 a 23) – Davi livra Queila, e retira-se para o deserto e para Gate (23 a 27) – os filisteus fazem novamente guerra aos israelitas – Saul e a pitonisa de En-Dor (28) – os príncipes dos filisteus despedem Davi, e este persegue os amalequitas (29,30) – os israelitas são derrotados pelos filisteus, morrendo no combate Saul e seus filhos (31). 2P Livro de Samuel. 1. os triunfos de Davi – e as suas lamentações a respeito de Saul e Jônatas (1) – é eleito rei, primeiramente de Judá, e depois é constituído rei de todo o povo de israel (2 a 4) – conquista da cidade de Jerusalém, e derrotas dos filisteus (5) – a condução da arca para Jerusalém (6) – o desejo que Davi tem de construir um templo, o pacto da misericórdia de Deus com ele, a sua oração, e ação de graças (7) – a subjugação dos filisteus, moabitas, sírios, amonitas, etc. (8 a 10). 2. As perturbações de Davi e as suas causas – o seu arrependimento e outros fatos – nestas descrições acha-se incluído o pecado de Davi a respeito de Urias, e a repreensão de Natã (11,12) – o pecado de Amnom, sendo este morto por Absalão (13) – rebelião de Absalão, terminando com a sua derrota e morte (14 a 19) – a revolta de Seba, e a sua repressão (20) – a vingança dos gibeonitas (21. 1 a 14) – batalhas com os filisteus (21.15 a 22) – salmo de Davi de ação de graças, e as suas últimas palavras (22, 23.1 a 7) – os seus principais homens de guerra (23.8 a 39) – a numeração do povo e subseqüente castigo, sua oração, e sacrifício (24).
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samute
desolação, ruína
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hebraico: lugar de rabanhos
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sanador
Que torna são; cura, sara.
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Desfazer, resolver.
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sandália
Acha-se o termo somente em alguns lugares da Sagrada Escritura (Mc 6.9 – At 12.8) – mas a forma do sapato usado no oriente era, em geral, a de uma sandália: constava de uma sola de couro ou de madeira, atada aos pés por meio de correias (Gn 14.23 – is 5.27). Tiravam-se quando se entrava em uma casa, ou em um santuário (Êx 3.5 – Js 5.15 – Lc 7.38 – cp. com Êx 12.11 – Js 9.5 a 13). o filho pródigo voltou à casa paterna sem sandálias (Lc 15.22). indubitavelmente as sandálias eram diferentes conforme o seu preço (Cf Ct 7.1 – Ez 16.10 – Am 2.6 – 8.6). Merece referência especial o variado simbolismo, que se acha em relação com os calçados na Escritura. (1) Desatar as correias das sandálias (ou levá-las) parece ter sido um sinal de inferioridade, talvez o oficio do mais humilde escravo da casa (Mt 3.11 – Mc 1.7 – Lc 3.16 – Jo 1.27). (2) Sacudir o pó das sandálias significava repúdio, livrando-se a pessoa de responsabilidades (Mt 10.14 e lugares paralelos – Lc 10.11 – At 13.51). (3) A renúncia e a transferência dos direitos legais eram ratificados pelo ato de descalçar um sapato – e era uma espécie de segurança do contrato dá-lo à pessoa com quem se fazia a transação (Dt 25.10 – Rt 4.7,8). (4) Na curiosa bênção sobre Aser vem esta frase ‘o ferro e o cobre serão o teu calçado’ segundo algumas versões (Dt 33.25). (5) Em Ef 6.15 o guerreiro cristão deve ter os seus pés calçados ‘com a preparação do evangelho da paz’, como indivíduo desejoso de levar as boas novas a toda a parte. (Cp. com is 52.7).
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sândalo
Faz-se menção do almug em 1 Rs10.11 (almug em 2 Cr 9.10), o qual em grande quantidade veio de ofir, juntamente com ouro e pedras preciosas, nas naus de Hirão, para o templo e casa de Salomão, bem como para a fabricação de instrumentos musicais. A madeira não está bem reconhecida mas tem maior peso a opinião de que se trata do pau sândalo, que é duro, pesado, de fino aspecto, com uma bela cor de granada.
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Insensatez, tolices.
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O verdadeiro que governa
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sandra
Defensora da humanidade
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sandro
Defensor da humanidade
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Arenoso
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Era filho de Anate, e libertou israel do jugo dos filisteus – e deste povo matou seiscentos homens com uma aguilhada de boi (Jz 3.31). Há, ainda, outra referência a Sangar, no cântico de Débora (5.6). Pelas palavras de 3.31 e 4.4 deveria parecer que o seu lugar na linha dos juizes é entre Eúde e Débora, mas não se acha mencionado em 4.1. o nome pode ser idêntico ao de Sangar, um rei heteu – e como Anate era uma deusa pagã, já tem sido conjeturado que Sangar teria sido da família dos heteus.
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hebraico: gracioso com Nebo
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sangue
Aparece pela primeira vez mencionado no caso do assassinato de Abel (Gn 4.10). Comer carne com sangue era coisa proibida (Gn 9.4), e essa proibição foi de um modo especial estabelecida na Lei (Lv 17.10 a 12), e tratada pela igreja cristã (At 15.20 a 29). o derramamento de sangue no sacrifício era ato freqüente no ritual hebraico. o uso de sangue na Páscoa (Êx 12.7 a 13) era o mais significativo destes atos, pondo o fato em relação com a obra de Jesus. Em Hb 9 a 10 são os antigos sacrifícios contrapostos ao ‘único sacrifício pelos pecados’, oferecidos por Jesus. Noutros lugares trata-se de um modo particular do sangue derramado na cruz do Calvário (e.g. Rm 5.9 – Ef 1.7 – Cl 1.20 – 1 Pe 1.19 – 1 Jo 1.7 – Ap 1.5). o termo sangue tem um certo número de significações secundárias. ‘Carne e sangue’ significa a natureza humana, contrastando com o corpo espiritual dado aos crentes (1 Co 15.50) ou quer dizer a humanidade em contraste com Deus (Gl 1.16). A causa ‘entre caso e caso de homicídio’ (Dt 17.8) envolvia pena capital, se o caso estava satisfatoriamente averiguado.
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sangue (vingador do)
Este vingador eraaquela pessoa que perseguia um homicida, e a quem, pela lei judaica, era permitido matar, a não ser que o derramador de sangue entrasse em qualquer das seis cidades de refúgio (Nm 35.11,12). (*veja Cidades de refúgio.) Essa permissão de vingança, concedida ao membro da família ofendida, era um costume próprio de povos não civilizados, ou semi-civilizados – e a rixa de sangue ainda hoje existe entre muitas raças.
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sanguessuga
Chupador. Em Pv 30.15 a sanguessuga é tomada como tipo de insaciável apetite. São vulgares na Palestina as bichas medicinais – as que se prendem à boca dos cavalos quando estes vão beber – e outras espécies.
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sanhedrin
Corte Suprema formada por 71 membros.
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sanlai
hebraico: pacifico
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hebraico: brilhante
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folha de palmeira
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sansão
Pertencente ao sol Filho de Manoá, da tribo de Dã, nascido em Zorá, sendo o seu nascimento miraculosamente revelado a seus pais (Jz 13). Foi nazireu (Jz 16.17). Casou contrariamente à lei (Êx 34.16 – Dt 7.3) com uma mulher filistéia, de Timna. Havendo matado um leão, quando ia para Timna (Jz 14.5 a 9), expôs um enigma, cuja explicação sua mulher correu a declarar aos filisteus. Tendo por esta razão de pagar uma certa quantia, ele matou e despojou trinta filisteus de Ascalom – mas a sua mulher foi dada pelo pai dela a outro homem (Jz 14.19,20). Para vingar-se, tomou Sansão trezentas raposas, e atando-lhes tições às caudas, largou-as nas searas dos filisteus, ficando destruídas as plantas. Continuou uma guerra de represálias (Jz 1õ), até que, atraiçoado por Dalila, foi Sansão preso pelos filisteus, que o cegaram, e o levaram para Gaza. Realizando-se uma festa em honra do deus Dagom, os filisteus, para se divertirem, conduziram o prisioneiro ao templo. Em certa ocasião do culto festivo conseguiu deitar abaixo o edifício, morrendo ele e grande número dos inimigos. os seus irmãos apoderaram-se do corpo, e o puseram na sepultura da sua família, entre Zorá e Estaol. Sansão foi juiz em israel pelo espaço de vinte anos (Jz 16). É classificado como um dos heróis da fé, em Hb 11.32,33.