os hebreus exprimiam o oriente, ocidente, Norte e Sul por palavras que significavam ‘adiante’, ‘atrás’, ‘à esquerda’, ‘à direita’, em conformidade da posição da pessoa que está com a sua face para o lado onde nasce o sol (Jó 23.8,9). Por oriente eles freqüentemente querem dizer, não somente a Arábia Deserta, e as terras de Moabe e Amom, que ficam ao oriente da Palestina, mas também Assíria, Mesopotâmia, Babilônia e Caldéia, embora estes países estejam situados mais ao norte do que ao oriente da Judéia. Balaão, Ciro, e também os magos que visitaram Belém quando Jesus nasceu, diz-se terem vindo do oriente (Nm 23.7 – is 46.11 – Mt 2.1). ‘os povos do oriente’ são, em particular, as várias tribos desertas ao oriente da Palestina (Jz 6.3).
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oriente (mar do)
outro nome do mar Morto (Ez 47.18).
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oriom
hebraico: homens sem juízo, um arado
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órion
A constelação a que se refere o livro de Jó em 9.9 e 38.31, e a profecia de Amós em 5.8, é a que nós conhecemos com o mesmo nome.
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oriundo
Originário; proveniente
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orla
Bordo; rebordo
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orlando
Do país famoso
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orna
hebraico: grande pinheiro
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ornamentos
os habitantes da Palestina (como os outros povos do oriente nos tempos atuais) eram altamente apreciadores das coisas luxuosas. isaías (3. 18 a 23) descreve os artigos de luxo que as mulheres usavam no seu tempo. os adornos eram com prodigalidade exibidos nas festas de caráter público ou particular, mas de um modo especial nos casamentos (is 61.10 – Jr 2.32 – os 2.13). Nos tempos de luto público eram postos de parte esses ornamentos (Êx 33.4 a 6). A palavra em Gn 24.22 deve ser ‘argola do nariz’, e em Gn 38.1S deve traduzir-se por ‘cordão’.
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oronaim
hebraico: cidade de duas cavernas
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ortodoxa
Conforme com a doutrina religiosa tida como verdadeira.
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ortodoxia
Fiel, exato e inconcusso cumprimento de uma doutrina religiosa; conformidade com essa doutrina.
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orvalho
os orvalhos na Palestina são abundantes no verão, todas as manhãs. Gideão encheu uma taça com a água do velo orvalhado (Jz 6.38). Quando isaque abençoou Jacó, desejou-lhe o orvalho do céu que fertiliza os campos (Gn 27. 28). Nestes países quentes, onde raras vezes chove, os orvalhos da noite suprem a falta de chuvas. os profetas e os poetas empregam muitas vezes o termo orvalho nas suas imagens (Dt32.2 – Jó 29.19 – Sl 133.3 – Pv 19.12 – is 26.19 – os 6.4 – 13.3 – 14.5 – Mq 5.7). Em algumas destas passagens é mais da neblina que se trata, a qual é trazida pelo vento ocidental.
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oscar
Lança dos deuses, combatente divino
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oscilar
Balançar; vacilar
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ósculo santo
Sinal de mútuo respeito e confiança; o equivalente a um aperto de mãos ou abraço (2Co 13.12).
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oséias
Salvação. 1. Profeta de israel e primeiro na ordem dos chamados Profetas Menores. Sobre a vida do profeta somente se sabe o que ele nos diz: Era filho de Beeri (1.1), e segundo uma tradição cristã, pertencia à tribo de issacar. o seu livro nos sugere, em muitas particularidades referidas, que ele era natural do reino do Norte. A narrativa pessoal, que se lê nos caps. 1 a 3, deve sem dúvida ser interpretada como realidade e não somente como simbólica. Segundo essa narração, casou oséias, tomando por mulher a Gômer, filha de Diblaim, de que teve três filhos, aos quais deu os nomes de Jezreel, Desfavorecida e Não-Meu-Povo. Gômer tornou-se adúltera, e abandonou-o (2,5). Apesar de tudo isto, ela era amada pelo profeta que a resgatou da escravidão (3.1,2), dando-lhe novamente lugar em sua casa, não sendo, contudo, considerada como esposa (3.3). Quanto à interpretação simbólica da narrativa, *veja oséias (o Livro de). A vida ministerial do profeta passou-se nos reinos de Uzias, Jotão, Acaz e Ezequias, reis de Judá e de Jeroboão ii, o filho de Joás rei de israel (1.1). Por conseqüência, foi contemporâneo de isaías, vivendo num período de grande ansiedade nacional. A sua própria posição parece ter sido de isolamento religioso, mas de íntima comunhão com Deus. 2. o nome primeiro de Josué (Nm 13.16 – Dt 32.44). 3. Efraimita, filho de Azazias, e governador do seu povo, no reinado de Davi (1 Cr 27.20). 4. Um dos principais do povo, que com Neemias selaram o pacto (Ne 10.23). 5 o último rei de israel (734 a 722 A.C.). Ele tinha alcançado o trono por meio de uma conspiração, em que foi morto o seu antecessor. Era um rei patriota, que tinha procurado o bem-estar do seu povo, trabalhando para libertá-lo do jugo da Assíria – mas praticou o grande e fatal erro de efetuar uma aliança com um povo pagão. Peca procurara a aliança de Rezim, rei da Síria, contra Acaz, e primeiramente com certa vantagem. Acaz, porém, imitando a política do seu rival, pediu auxílio ao rei da Assíria. Veio este, derrotou os israelitas, e levou para a Média as duas e meia tribos que estavam além do Jordão, fazendo tributário o resto do povo. Foi este o primeiro cativeiro de israel. Dez anos mais tarde, apelou oséias para Sô, rei do Egito, para este o ajudar a sacudir o peso do tributo. infelizmente Ezequias fez também parte desta confederação. Esta revolta foi causa de uma nova invasão do exército dos assírios e desta feita foram subjugados inteiramente os israelitas, que, levados em segundo cativeiro para Assíria, deixaram despovoado o país. Quanto a oséias, sendo preso e tratado como vassalo rebelde, foi encerrado na prisão e privado da vista. Embora fosse um rei valente e bom, veio tarde demais para salvar o seu povo que, pela idolatria, embriaguez, cobiça e assassinatos, tinha feito uma chaga, e chaga incurável, no seu organismo (Mq 1.9 – 2 Rs 15.20 – 17.1,3,4,6 – 18.1, 9,10).
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oséias (o livro de)
A mensagem do profeta tem duas características principais: o seu zelo na condenação do pecado de israel, visto como tinham os israelitas abandonado a adoração ao Senhor, caindo na idolatria – e o grande desejo que manifestou pelo arrependimento dos pecadores para receberem o perdão de Deus. Podemos resumir o conteúdo do livro da seguinte maneira: l. os caps. 1 a 3 apresentam um quadro descritivo das relações existentes entre o Senhor e o Seu povo, sob a figura de uma mulher, que foi infiel a seu marido – mas essa mulher foi por ele arrancada, porque lhe tinha grande amor, da companhia do seu amante, e a admitiu novamente em casa, esperando que ela, mergulhada na sua dor, se arrependesse, a fim de que se realizasse entre os dois uma perfeita comunhão. Para tornar mais vivamente real a narrativa, acham-se nesta incorporadas as próprias experiências do Profeta, passadas ou na sua vida doméstica, ou em sucessivas visões em que ele próprio toma a parte do marido atraiçoado. 2. os caps. 4 a 14 encerram vários discursos proféticos, que foram proferidos em tempos diferentes, desde a última parte do reinado de Jeroboão ii até certo tempo, que precede em curto intervalo a queda de Samaria. os principais tópicos são várias vezes repetidos – o culto do bezerro em Betel – as desmoralizadoras idolatrias dos lugares altos – a conseqüente corrupção moral dos sacerdotes e do povo – o procedimento desleal e infiel do povo nas suas alianças pagãs, ora com a Assíria, ora com o Egito. oséias passa sem interrupção da severa acusação para uma terna repreensão – e esta é seguida de repetidos e amorosos apelos, com promessas de restauração, expostas na mais patética linguagem. E a conclusão é uma passagem de grande beleza, em que a melancolia e aparente dureza dos precedentes traços são substituídos por descrições de excelente suavidade, que lembram os Cantares de Salomão. o estilo do profeta é veemente e desordenado, conservando um pouco aquele formal paralelismo, característico da poesia hebraica. Há muitas referências aos acontecimentos que se narram no Pentateuco, Josué, Juizes e Samuel – e nota-se certa correspondência com passagens do livro de Amós. As citações de oséias no N. T. são: o Filho do Senhor, chamado do Egito (11.1), Mt 2.15 – rejeição e restauração (1.10 e 2.23), Rm 9.25,26 e 1 Pe 2.10 – a grande declaração ‘misericórdia e não sacrifício’ (6.6), Mt 9.13 e 12.7 – e a promessa da destruição da morte (13.14), 1 Co 15.55,56.